segunda-feira, 10 de maio de 2010

Borboleta.


Como dói o nascimento de minhas asas.
Pequeninas asas que despertam de um novo ciclo.
Como desejei que mesmo pequeninas voassem por céus, por todos eles...
Sou borboleta aprisionada por minha própria alma
Alma que por vezes me faz crer que posso voar
Bailando nas nuvens de sonhos em silêncio
Enquanto por fora procuro abrigo.
Asas pequeninas ou borboleta pequenina?
Será mesmo que são tão frágeis como parecem?
Quero vê-las, quero tocá-las, quero senti-las
Mas me dói ser borboleta e cair por minha própria culpa...
Não quero que descubram,
Não posso deixar que descubram,
Preciso esconder as asas,
Preciso estar pronta para mostrá-las,
Afinal, sou borboleta de sonhos
Como um dia o poeta descreveu.
O que vês em mim é melancolia, confusão, escuridão...
Se sabes que sou borboleta, por favor, tenha cuidado.
Não me faça bater as asas em vão.

Jussara Augusta

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