sexta-feira, 27 de novembro de 2009

CAÇADOR DE MIM



CAÇADOR DE MIM

Milton Nascimento
Composição: Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão

Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim

Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim

TRAVESSIA




Travessia

Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento / Fernando Brant

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar

Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

sábado, 14 de novembro de 2009

Altar da linda estrelinha



Altar da linda estrelinha

Pq as estrelas ficam no ceu? Ngm sabe o sexo delas, se sao meninos ou meninas, mas sabemos q elas sempre estaum ali, msm q ocultas por nuvens, estaum sempre ali. Nao ha tumulos, nao ha flores, pq nao ha tristeza e morte la. Um dia todos seremos como a estrelinha e saberemos como eh sua linda krinha.


Lukas Nietzel.


SEMPRE TE AMAREI!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Cara Estranho




Cara Estranho
Los Hermanos
Composição: Marcelo Camello

Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
No corpo em que Deus lhe encarnou
Tropeça a cada quarteirão
Não mede a força que já tem
Exibe à frente o coração
Que não divide com ninguém
Tem tudo sempre às suas mãos
Mas leva a cruz um pouco além
Talhando feito um artesão
A imagem de um rapaz de bem

Olha ali quem tá pedindo aprovação
Não sabe nem pra onde ir
Se alguém não aponta a direção
Periga nunca se encontrar
Será que ele vai perceber
Que foge sempre do lugar
Deixando o ódio se esconder
Talvez se nunca mais tentar
Viver o cara da TV
Que vence a briga sem suar
E ganha aplausos sem querer

Faz parte desse jogo
Dizer ao mundo todo
Que só conhece o seu quinhão ruim
É simples desse jeito
Quando se encolhe o peito
E finge não haver competição
É a solução de quem não quer
Perder aquilo que já tem
E fecha a mão pro que há de vir

domingo, 1 de novembro de 2009

O meu nome...


Esse texto é uma pequena homenagem ao homem que se chama Wendel
Que hoje entrou na multidão e gritou seu nome em meio a um surto.
Será?
Não sei, mas eu ouvi seu nome e vi seu rosto.
Você tem um nome...


Eu sei o meu nome
E o grito
Mas vocês me olham estranho
Vocês temem
Vocês fogem de mim.
Pois eu entrei aqui no meio de vocês
No meio dessa multidão
Eu vejo seus rostos
Mas vocês não dizem seus nomes...
Em que mundo vocês estão?
Será o mesmo que o meu?
No meu mundo, as pessoas são assim
Assim mesmo, do jeito delas
E elas não escondem nomes e nem rostos
E vocês sentados assustados se perguntam:
Como é viver no mundo dele?
Eu nem sei ao certo
Mas eu tenho um nome
E não me envergonho de gritar aos quatro cantos
Se lhes incomodo é por não entender
Por que vocês não gritam seus nomes assim como eu?
Por que vocês se escondem se na verdade para vocês
Eu que deveria me esconder?
Eu tenho um nome
Eu sou único
Eu sei que não sou outro
Mas vocês me olham e pensam:
Este homem é um louco!
Vocês olham com preconceito
E eu apenas digo-lhes quem eu sou
Mas vocês nem meu nome escutam
Só me reprovam e procuram fuga
Mas meu nome é muito
Talvez tudo que me restou.


Jussara Augusta