domingo, 20 de setembro de 2009

Silêncio inquieto


Eu não sou como você espera
Eu não sou como quase ninguém espera
Você espera o que você deseja
Eu não sou o que você deseja

Você não vê minhas tentativas
E minha vida se resume a tentar
Tentar ser o que o mundo deseja
Tentar ser o que o mundo espera

Mas você não deve se importar com o que dizem
Você não deve querer se ajustar
Você deve ser você, apenas você.
E não o que esperam o que desejam.

Mas quer saber, a questão é:
Ser o quê? Você sabe o que é ser quem eu sou?
Você sabe? Imagino que você tenha suas falsas conclusões
Para você sou falta de estímulo, de motivação.

Mas você sabe o que é ser quem eu sou?
Mas você sabe o que é ser alguém que eu não sou?
Não, você não sabe e nem quer saber.
É tão simples ser quem você deseja

Você já sabe de mais sobre mim
Mais do que eu mesma poderia saber
É tão fácil mudar o que eu sou
É tão fácil ser o “ser”...

Mas para sua informação
Sou aquela que fecha a porta do quarto
Sou aquela que no escuro me enxergo melhor
Sou aquela que você não quer enxergar

Causo-lhe extrema agonia
Minha quietude causa mais transtorno
Que o de uma tempestade
Incomoda mais que raios e trovões.

Você apenas fecha a janela
E espera a chuva passar
E eu sendo chuva apenas fico lá fora
Sozinha, molhando a vida com as lágrimas
Que da minha face não param de rolar.

Escrita em 27 de agosto de 2009.

Jussara dos Santos

4 comentários:

  1. Ah esse seu poema é lindo!
    Ainda mais sabendo de toda a emoção que tem nele...
    Que bom que voltou aos blogs minha doce amiga!

    Te amo
    Beijossss

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  2. Lindo poema, borboletinha!
    Eu o amei assim que o vi pronto.
    Oh! Minha amiga, não fuja de seu destino!
    Vc é uma poetisa sim, viu?
    Continue poetando muiiiiiiiiiito. Todos vão amar e o mundo precisa de muita poesia, de muitos poetas...
    Beijos, amo vc!

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  3. Litinha, vc é um amorzinho!!
    Obrigada!!
    TE AMO!!

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